Trilhos e sonhos...
E mais adiante:
Na Austrália, podemos andar durante meses sem encontrar um único ser humano. Milhares de quilómetros vazios de pegadas, libertos dos erros da História. Através da minha ligação aos seus habitantes originais, aprendera a ver esses desertos como um jardim – como o lar primordial do homem, antes da invenção do arado. Os trilhos dos antepassados tinham-nos cartografado, conferindo-lhes sentido, de tal maneira que, ainda que um indivíduo caminhasse para muito longe do seu local de origem, no mais profundo dos sentidos, essa pessoa estaria sempre em casa no mundo.
E segue assim Robyn Davidson no livro Trilhos que peguei esta noite para adormecer. Em vez de adormecer fui pelo deserto fora de novo com a Robyn, com uma força tremenda que me contagiou. Trilhos e sonhos.
PS: Encontrei por acaso um texto de Maria Eduarda Keating que coloca em contexto interessante os livros da Robyn Davidson ao falar da escrita como trajecto nómada.
3 Comments:
Fizeste-me crescer água na boca com essa referência a um texto sobre os livros da Robyn... mas o link não funciona. Será que o consegues concertar????
E como me apetece cada vez mais assumir-me de facto nómada!
já encontrei o texto da eduarda mas gosto bem mais da Robyn... e já agora acho que vou ver se me "perco" numa dessas boas viagens... que já vai sendo tmepo d eir mergulhar nos lençois...
A propósito de trajectos nómadas e de viagens vai espreitar este link
http://lonelyplanet.com/experimentaltravel Talvez te inspire... e talvez seja desta!
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