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24.4.06

A percepção da realidade


Cada vez mais me convenço de que as teses dos construtivistas radicais se justificam: não temos de facto acesso ao mundo, à 'realidade', mas apenas à nossa percepção e à nossa relação com essa 'realidade'. Daqui decorre que a realidade não existe, as coisas não existem, as coisas são o seu uso (por nós). Vem isto a propósito de duas coisas: primeiro, da chegada da Primavera à dispinibilidade e aos apetites renovados; é sempre bom senti-los e isso é altamente construído pelo corpo (isto é, pela nossa percepção do corpo) e pela percepção que temos do mundo social. Segundo, daquilo que quotidianamente alimenta as notícias - a situação económica. Não existe literalmente uma coisa chamada situação económica, existe sim uma 'realidade' fabricada com os modelos matemáticos escolhidos (por quem tem o poder de os escolher) para conduzir mais ou menos os fluxos entre os grupos sociais. Nem mais.

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